“Sem dúvida, ganhámos a guerra de informação na Europa, mas não em outras partes do mundo. Eu próprio fui ao Oriente Médio, à Índia e ao Paquistão. Lá há uma narrativa completamente diferente, parcialmente russa, de acordo com a qual o suprimento de cereais e oleaginosas não pode ser realizado devido às sanções da União Europeia, e porque nós mesmos estamos contribuindo para o aumento rápido dos preços da energia”, disse o ministro aos jornalistas à margem da reunião dos ministros das Relações Exteriores da UE no Luxemburgo.
Segundo Schallenberg, a Europa deve estar ciente da necessidade de “conduzir um trabalho educativo” no Oriente Médio, na África e na Ásia do Sul e fornecer apoio a estas regiões.
A União Europeia, os Estados Unidos e os seus aliados lançaram uma campanha abrangente de sanções contra a Rússia depois do início da operação militar especial na Ucrânia nos finais de fevereiro, incluindo a expulsão dos bancos russos do SWIFT e a imposição do controle comercial e logístico rigoroso. Em 4 de junho o presidente da União Africana e presidente senegalense Macky Sall apelou aos países ocidentais para aliviarem as sanções contra a Rússia, afirmando que elas representam riscos de segurança alimentar para os países africanos e acrescentando que as restrições de pagamento dificultam a sua capacidade de comprar cereais, enquanto a escassez de fertilizantes em meio ao aumento dos preços dos combustíveis fósseis pode levar às falhas grandes nas colheitas.