Panorama internacional

Principal partido de oposição da Ucrânia é banido

O partido da Oposição da Ucrânia – Pela Vida (OPPL, na sigla em inglês) foi oficialmente banido por um tribunal ucraniano nesta segunda-feira (20).
Sputnik
A Justiça ucraniana anunciou que todos os ativos do partido, assim como propriedades e fundos serão transferidos para o Estado. A proibição ocorre em um tribunal na cidade de Lviv, após um pedido do Ministério da Justiça.
O OPPL teve todas as suas operações suspensas pelas autoridades em Kiev em março, logo após o lançamento da operação militar de Moscou. O partido e seus líderes foram acusados ​​de ter laços com a Rússia.
Em uma publicação nas redes, a Justiça ucraniana observou que até agora foram proibidos 11 partidos classificados como "pró-russos", suspeitos de agir para "minar a soberania" do país.
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O OPPL era o maior grupo de oposição da Ucrânia e o segundo maior partido do país. Em 2019, ganhou 13% dos votos em uma eleição parlamentar. Em 2021, pesquisas indicaram que sua popularidade era mais alta que o partido "Servo do Povo", do presidente Vladimir Zelensky.
Desde 2018, ele era liderado pelo empresário Viktor Medvedchuk, que pedia melhores relações com a Rússia e entendia a virada ocidental de Kiev como prejudicial aos interesses nacionais. Em maio de 2021, Medvedchuk foi colocado em prisão domiciliar após ser acusado de traição.
Em 12 de abril, o líder da OPPL foi capturado pelo Serviço de Segurança Ucraniano (SBU, na sigla em inglês) enquanto supostamente tentava fugir do país. A prisão foi tornada pública depois que Zelensky publicou uma foto do homem algemado.
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Em 14 de maio, o presidente Zelensky sancionou um projeto de lei que simplifica o processo de proibição de partidos políticos que estão contra o interesse nacional ucraniano.
De acordo com a lei, qualquer parte que se oponha ou conteste a posição oficial do governo, especialmente quando se trata do conflito em curso com Moscou, pode ter suas operações proibidas e bens confiscados por uma decisão judicial que não pode ser apelada.
O projeto de lei proíbe a negação da "agressão contra a Ucrânia", ou fazer referências ao conflito como "interno" ou uma "guerra civil". Também proíbe declarações positivas em relação aos "agressores" e torna ilegal referir-se às forças das repúblicas de Donetsk e Lugansk como "insurgentes", insistindo que elas deveriam ser chamadas de "terroristas".
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