Um sistema estelar é normalmente composto por um pequeno número de estrelas que orbitam entre si, conectadas por atração gravitacional.
Pesquisadores da Universidade do Arizona descobriram um novo tipo de sistema estelar com aspecto misterioso de "bolhas azuis" que flutuam no espaço.
À primeira vista, elas podem parecer luzes normais, mas a sua aparência externa de "bolha" é algo bastante incomum e os cientistas querem agora entender o porquê.
A equipe denominou as bolhas azuis de SECCO 1. De acordo com um doutorando da Universidade do Arizona e autor principal do estudo, Michael Jones, essa foi uma descoberta acidental.
Imagem do telescópio Hubble mostra sistema estelar azul
© Foto / Michael Jones
Os astrônomos foram capazes de obter dados e fazer suas descobertas graças ao Telescópio Espacial Hubble da NASA, ao Very Large Array do Novo México e ao Very Large Telescope do Chile.
Os pesquisadores descobriram que essas estruturas contêm apenas estrelas azuis jovens que estão distribuídas em um padrão irregular e parecem existir isoladas de qualquer galáxia hospedeira potencial, em alguns casos por mais de 300.000 anos-luz, sendo um desafio identificar as suas origens.
Revelou-se também que estes sistemas estelares contêm pouco hidrogênio atômico. Isso é importante porque a formação de estrelas começa com este gás que, eventualmente, se transforma em densas nuvens de hidrogênio molecular antes de dar origem às estrelas.
A combinação de estrelas azuis e a escassez de hidrogênio atômico foi uma descoberta inesperada, tal como a falta de estrelas mais antigas nestes sistemas, escreve portal Sci-News.
A maioria das galáxias tem estrelas antigas, às quais os astrônomos se referem como sendo "vermelhas e mortas".