Panorama internacional

Biden rechaça temor por racha de aliança pró-Ucrânia: 'Não tenho medo'

O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, disse, nesta terça-feira (21), que não teme que as divergências sobre como lidar com a Rússia em meio ao conflito na Ucrânia possam levar a um rompimento na aliança de países que apoiam Kiev.
Sputnik

"Não, eu não tenho medo. Este será um jogo de espera, do que os russos podem sustentar e do que a Europa estará preparada para sustentar. Acho que essa é uma das coisas sobre as quais falaremos na Espanha", disse Biden durante entrevista coletiva, referindo-se à próxima cúpula da Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN), que será realizada em Madri nos dias 29 e 30.

Mais cedo nesta terça-feira (21), durante conferência da Federação das Indústrias Alemãs, o chanceler da Alemanha, Olaf Scholz, admitiu que as sanções contra a Rússia estão prejudicando a economia de seu país. Porém, segundo ele, os custos são necessários neste momento.

"Estamos trabalhando contra a Rússia com a ajuda de sanções com dureza sem precedentes. Sim, elas são dolorosas para nós e para nossas empresas, mas foram a coisa certa a fazer. A liberdade tem seu próprio preço, a democracia tem seu próprio preço, a solidariedade com os amigos e aliados tem seu próprio preço. Estamos preparados para pagar esse preço", afirmou o chanceler, citado pela RedaktionsNetzwerk Deutschland.

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O ministro das Relações Exteriores da Itália, Luigi Di Maio, anunciou, também nesta terça-feira (21), que ele e "muitos outros colegas" deixaram o partido Movimento 5 Estrelas (M5S, na sigla em italiano), devido a divergências sobre a situação na Ucrânia.
A sigla, a maior do país até este momento, estava dividida sobre a continuidade do envio de armas à Ucrânia, às vésperas do Senado do país iniciar discussões sobre o tema.
Desde o início da operação militar especial russa na Ucrânia, no dia 24 de fevereiro, os EUA e seus aliados iniciaram a aplicação de sanções contra Moscou. Entre as medidas estão restrições econômicas às reservas internacionais russas e a suas exportações de petróleo, gás, aço e ferro.
Além disso, a União Europeia censurou o acesso à Sputnik e à RT em seu território. Facebook, Instagram (estas pertencentes à empresa extremista Meta, banida no território da Rússia), YouTube e Twitter também restringiram o acesso a páginas e links de mídias estatais russas. No caso do YouTube, todas essas mídias foram banidas da plataforma.
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