A China informou ter planos de retornar à Terra com amostras de rochas de Marte até julho de 2031, dois anos antes de uma missão conjunta planejada pela agência espacial norte-americana NASA e pela Agência Espacial Europeia (ESA, na sigla em inglês).
Sun Zezhou, projetista-chefe da Tianwen-1, primeira missão independente da China em Marte, anunciou na segunda-feira (20) que a próxima começará no final de 2028. As sondas espaciais aterrissarão em Marte em setembro de 2029, enquanto as amostras serão retornadas à Terra em julho de 2031.
A agência espacial chinesa pretende usar seus dois poderosos foguetes, o Longa Marcha 5 e Longa Marcha 3B, para completar a nova missão Tianwen-3, que incluirá uma única aterrissagem e decolagem de Marte para retirar amostras do Planeta Vermelho.
O foguete Longa Marcha 5 carregará um módulo de pouso e um veículo de subida, com o último transportando as amostras para a órbita de Marte a uma velocidade de 4,5 km/s.
O segundo foguete, Longa Marcha 3B, deverá partir no final de outubro de 2030 e retornar à Terra em julho de 2031. Ele transportará um módulo de órbita e retorno. Assim que o veículo de subida levar as amostras de Marte para a órbita, a espaçonave se aproximará das amostras e as capturará antes de transportá-las à Terra.
Uma apresentação no 120º aniversário da Universidade de Nanjing, China, detalhou que os cientistas chineses usarão amostragem de superfície, perfuração e amostragem inteligente móvel durante a missão, e não um rover para coletar amostras de rochas de diferentes locais, como no caso da missão da NASA e da ESA.