"A Eslovênia entregou de graça à Ucrânia 35 veículos de combate de infantaria com canhão de 20 milímetros, ainda de produção iugoslava", afirmou ao portal o ministro da Defesa esloveno, Marjan Sarec.
Nas fotos divulgadas, é possível ver os VCI carregados em plataformas ferroviárias na estação de Prestranek, na parte central da Eslovênia, prontos para ser enviados para a Ucrânia através da Polônia. Salienta-se que os Estados Unidos, em troca, vão conceder apoio financeiro a Liubliana para comprar novos equipamentos militares. O valor do apoio não foi divulgado.
Veículos de infantaria eslovenos M-80, de produção iugoslava, enviados para a Ucrânia
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No final de fevereiro, o então ministro da Defesa esloveno Matei Tonin afirmou que Liubliana ia entregar a Kiev capacetes, espingardas e munições. Junto com o governo alemão, a Eslovênia se preparava para fornecer a Kiev algumas dezenas de tanques M-84, da modificação iugoslava T-72. Liubliana entregará a Kiev tanques, em troca Berlim vai fornecer à Eslovênia veículos de combate de infantaria Marder e VBTP (veículos blindados de transporte pessoal) Fuchs.
Os eslovenos expressaram a vontade de obter da Alemanha tanques Leopard 2, VBTB Boxer e Puma. Os resultados das negociações não foram divulgados.
Antes, a Rússia advertiu todos os países, inclusive os Estados Unidos, contra o fornecimento das armas à Ucrânia. O ministro das Relações Exteriores russo, Sergei Lavrov, destacou que qualquer veículo transportando armamento para a Ucrânia se tornaria um alvo legítimo para a Rússia. O ministério russo declarou que os países da OTAN estão brincando com o fogo ao fornecer armas à Ucrânia.
O porta-voz do presidente russo, Dmitry Peskov, observou por sua vez que, ao inundar a Ucrânia com armas, o Ocidente não está contribuindo para o sucesso das negociações russo-ucranianas e que isso só prolongaria o conflito armado.
Em 24 de fevereiro, a Rússia começou uma operação militar na Ucrânia. O presidente Vladimir Putin declarou que o seu objetivo era "salvar as pessoas que ao longo de oito anos têm sofrido intimidações e genocídio por parte do regime de Kiev".
Para isso, segundo o presidente, a Rússia planeja efetuar uma "desmilitarização" e uma "desnazificação" da Ucrânia, bem como entregar à justiça os criminosos de guerra responsáveis pelos "crimes sangrentos contra civis" de Donbass. De acordo com o Ministério da Defesa, as Forças Armadas russas atacam apenas a infraestrutura militar e as tropas ucranianas sem realizar ataques contra alvos civis em cidades.