O vice do presidente, Jair Bolsonaro (PL), para concorrer ao pleito presidencial deste ano ainda é um mistério, porém, um dos nomes mais apontados tanto por seus aliados quanto pelo próprio Bolsonaro é o do ex-ministro da Defesa, general Walter Braga Netto, que deixou a pasta em março para trabalhar diretamente como assessor no Palácio do Planalto.
Entretanto, caso o presidente desista de indicá-lo e siga com o nome da ex-ministra da Agricultura, Tereza Cristina, que também tem sido ventilado como opção, membros do núcleo político bolsonarista traçaram um plano para oferecer o que chamam de "saída honrosa" para o ex-ministro. De acordo com o jornal O Globo, a ideia é que Braga Netto assuma uma embaixada ou até mesmo reassuma a pasta da Defesa.
O general ainda é, no momento, o favorito de Bolsonaro para ocupar o posto, no entanto, Tereza Cristina é a favorita da ala política da campanha, incluindo o presidente do PL, Valdemar Costa Neto. Um dos argumentos para defesa do nome da ex-ministra é que ela ajudaria a reduzir a resistência de Bolsonaro entre o eleitorado feminino.
Ainda de acordo com o jornal, Valdemar Costa relatou que Braga Netto teria lhe dito que teria problemas ao deixar o governo e perder seu salário. Como general da reserva, ele recebe R$ 32,7 mil todo mês. Seu cargo de assessor lhe dá direito a mais R$ 16,9 mil. Caso seja nomeado como embaixador, ele poderia embolsar entre R$ 45 mil e R$ 60 mil, dependendo do país e da cotação do dólar.