Um estudo conduzido por pesquisadores da China e do Reino Unido lançou luz na evolução das espécies após o evento do Permiano-Triássico, a maior extinção de vida de todos os tempos na Terra, informa na segunda-feira (20) o portal Phys.org.
No entanto, o evento, que ocorreu há cerca de 252 milhões de anos, no final do período geológico Permiano-Triássico, foi seguido por um vigoroso ressurgimento da vida no posterior período Triássico, aponta a pesquisa publicada na revista Frontiers in Earth Science.
"Tudo estava se acelerando", comentou o acadêmico Michael Benton, da Faculdade de Ciências da Terra da Universidade de Bristol, Inglaterra, Reino Unido, e autor principal do estudo, citado pelo phys.org.
Conforme disse Dr. Feixiang Wu, do Instituto de Paleontologia Vertebrada em Pequim, China, após a extinção, "os peixes, lagostas, gastrópodes e estrelas-do-mar mostram novos estilos de caça sujos. Eles eram mais rápidos, mais ágeis e mais fortes que seus ancestrais".
"Até encontramos o peixe voador mais antigo do mundo, e isto provavelmente foi para escapar dos novos predadores", continuou ele.
Em terra também aconteceram mudanças profundas, com as aves e mamíferos aparentemente se tornando de sangue quente "no início do Triássico", diz Benton.
"Globalmente falando, os animais em terra e nos oceanos estavam acelerando, usando mais energia e se movendo mais rapidamente. Os biólogos chamam estes tipos de processos de 'corrida armamentista', em referência à Guerra Fria", explicou ele.
"À medida que um lado acelera e se torna mais quente, o outro lado também tem que acelerar. Isto afeta a competição entre os comedores de plantas ou a competição entre predadores. Isso também se refere às relações predador-presa: se o predador se torna mais rápido, a presa também o faz para escapar."