Conforme publicou o jornal The Independent, a declaração partiu do chefe do Estado-Maior de Defesa do Reino Unido, almirante Sir Anthony Radakin — líder das Forças Armadas britânicas —, durante audiência do comitê de Relações Internacionais e Defesa do Parlamento britânico. Os estoques de armas do país foram reduzidos devido aos sucessivos envios de apoio militar a Kiev.
"Estamos falando de anos, porque não é possível pedir uma rápida produção em série com armas modernas", disse Radakin, acrescentando que o grande volume de armas transferidas à Ucrânia somado aos limites de produção bélica industrial tornou-se um "problema significativo".
Ainda segundo o militar, o Reino Unido deve trabalhar de forma próxima com fornecedores envolvidos na indústria de defesa, uma vez que levarão "alguns anos" para repor mesmo armas menos sofisticadas. Nesse sentido, Radakin afirmou que Londres já convidou 12 grandes companhias do setor para conversas.
O primeiro-ministro do Reino Unido, Boris Johnson (à esquerda), caminha ao lado do presidente ucraniano, Vladimir Zelensky, em Kiev, na Ucrânia, em 9 de abril de 2022
© AP Photo / Gabinete presidencial da Ucrânia
O almirante também afirmou que o Reino Unido levará entre "cinco e dez anos" para ter uma divisão capaz de lutar ao lado de forças dos Estados Unidos. "Poderíamos enviar uma divisão agora, mas não a que gostaríamos".
O Reino Unido até agora enviou quase US$ 2,5 bilhões (cerca de R$ 12,9 bilhões) em assistência militar à Ucrânia, incluindo 120 blindados Mastiff, 200 mísseis ar-terra Brimstone-1 e 3.965 sistemas antitanque NLAW.