"A incerteza na projeção permanece maior do que a usual, em cenário de continuidade da guerra na Ucrânia e de riscos crescentes de desaceleração global em cenário de inflação pressionada", afirmou o BC, em comunicado.
Segundo a autarquia, o ajuste se deve à "surpresa positiva" no PIB do primeiro trimestre e à previsão de nova alta entre abril e junho.
Contudo o BC faz a ressalva de que "efeitos cumulativos do aperto monetário em curso, persistência de choques de oferta e antecipações governamentais às famílias para o primeiro semestre contribuem para projeção de arrefecimento da atividade" na segunda metade do ano.
O PIB brasileiro em 2021 subiu 4,6%, totalizando R$ 8,7 trilhões, conforme divulgado pelo governo federal em março. Em 2020, em meio aos impactos da pandemia de COVID-19, a economia encolheu 3,9%.
O BC também revisou a projeção de alta no saldo de crédito em 2022 para 11,9%, ante 8,9% na divulgação anterior.
No caso das transações correntes, a previsão de superávit em 2022 foi para 4 bilhões de dólares (R$ 20,9 bilhões). Anteriormente a estimativa era de 5 bilhões de dólares (R$ 26,1 bilhões).