Em uma reunião na terça-feira (23) entre o CEO da Saab, Micael Johansson, e o ministro da Defesa, Paulo Sérgio Nogueira, o governo federal começou a negociar com a empresa a aquisição de 30 caças suecos Gripen F-39, sendo 26 além das 36 já previstas no acordo firmado entre as partes em 2013, e outras quatro em um aditivo ao contrato antigo.
Para tal, teria que ser firmado um novo acordo entre o Brasil e a empresa. O lote extra é um pedido do comandante da aeronáutica, Carlos de Almeida Baptista Junior, segundo o jornal Valor Econômico. Entretanto, a mídia afirma que as conversas ainda estão em fase preliminar.
"Nós conversamos [com o ministro da Defesa] sobre como podemos ajudar a trazer mais expertise para o Brasil no futuro. Não é só o sistema dos caças, que é o ponto principal. O comandante da Aeronáutica disse que quer adicionar quatro aeronaves para o contrato atual. E afirmou que pretende começar discussões sobre um próximo acordo, cerca de 26 aeronaves. E obviamente nós discutimos isso, claro. É o começo de uma discussão", afirmou Micael Johansson ao jornal.
Sobre o possível novo contrato, Johansson disse que ainda é preciso discutir questões como prazos, preços e o que será fabricado no Brasil ou na Suécia, além de outros aspectos.
O desejo brasileiro pelos Gripen está levando a Força Aérea Brasileira (FAB) a reduzir as encomendas do cargueiro KC-390, da Embraer. A previsão de entregas caiu de 28 aeronaves, no contrato inicial, para 15, em reduções unilaterais feitas pela Aeronáutica duas vezes neste ano, conforme noticiado.
Segundo a mídia, com dezenas de novos caças suecos no horizonte, o Brasil planeja instalá-los em uma nova base, em local ainda indeterminado – a previsão inicial era que ficassem todos em Anápolis (GO).