De acordo com o jornal, Europa está começando a entender que, após um período de pressão econômica e sanções antirrussas que até agora não tiveram efeito significativo, a Rússia está usando principalmente a energia para "responder" e é possível que o fornecimento de gás aos países europeus seja cortado completamente talvez nas próximas semanas, com todas as implicações decorrentes, uma vez que é necessário muito tempo para alcançar a independência energética de Moscou.
"O fato mais notável é a transição da Europa, em resposta a uma redução do fornecimento de gás russo, enquanto muitos países cogitam em formas de intervir no mercado da energia, tais como introdução de restrições e medidas de emergência de apoio estatal, a até apelos de menor utilização de ar condicionado", como afirmou a chefe da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, na quarta-feira (22), observa o jornal.
Segundo escreve a edição, a inflação é um grande problema na economia europeia, e é claro que os próximos meses serão particularmente difíceis, já que a guerra econômica com a Rússia está se intensificando e Moscou pode e vai resistir às sanções ocidentais.
A transição para o carvão é referida no artigo como medida temporária, mas atualmente ninguém pode ter certeza quanto tempo durarão as "soluções temporárias", ressalta o artigo.
Após o início da operação especial russa na Ucrânia, os países ocidentais começaram a impor sanções contra Moscou, em particular contra as suas fontes de energia. O 6º pacote de restrições europeu inclui planos de eliminar gradualmente as compras de petróleo russo.
No início do mês, o premiê húngaro Viktor Orbán declarou que a continuação da política de sanções e a imposição do embargo contra o gás da Rússia farão colapsar a economia de toda a Europa.