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Indicada de Biden para Embaixada no Brasil recebe status 'não favorável' pelo Senado dos EUA

A nomeação de Elizabeth Bagley como embaixadora dos EUA no Brasil travou a partir do momento que a votação empatou, entretanto, a principal razão para resistência dos senadores teria sido declarações que Bagley deu no passado consideradas antissemitas.
Sputnik
A Comissão de Relações Exteriores do Senado dos EUA não deu aval para a nomeação de Elizabeth Bagley, indicada pelo governo Biden para ser embaixadora no Brasil. De acordo com a Folha de São Paulo, a votação terminou empatada em 11 a 11, um resultado que, segundo interlocutores, tira força política da nomeação.
Na quinta-feira (23), ao resumo do andamento do processo de Bagley foi incluída a nota "falhou em obter resultado favorável", entretanto, não se sabe ao certo a razão, uma vez que o relatório ainda não foi publicado.
Elizabeth Bagley (à esquerda), Wendy Abrams e a presidente/CEO do IVC e Mary McGinnity, participam da Invisible Words Exhibit expressando exercício de empatia com os sem-teto em Washington, 09 de maio de 2022
A mídia relata que a principal razão para a resistência dos senadores foram declarações que Bagley deu no passado e que foram consideradas antissemitas. Em uma entrevista em 1998, ela lamentou que o "lobby judeu" faria com que os democratas dissessem coisas estúpidas, como "defender Jerusalém como capital de Israel".
As falas foram citadas na sabatina realizada no Senado em maio, afirma o jornal. "Eu certamente não quis dizer nada daquilo. Foi uma má escolha de palavras", disse Bagley na ocasião.
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Na sabatina, a diplomata também disse prever dificuldades nas eleições brasileiras, em parte devido a comentários feitos pelo presidente, Jair Bolsonaro (PL), que buscam colocar em xeque a legitimidade do pleito em caso de uma eventual derrota.
Enquanto a nomeação de Bagley não é confirmada ou retirada, a representação norte-americana em Brasília é chefiada interinamente por Douglas Koneff. O Brasil está sem embaixador pleno dos EUA desde meados de 2021, quando o diplomata, Todd Chapman, que ocupava o posto, anunciou sua aposentadoria.
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