"Desejamos ser membros plenos deste grupo de nações que já representa 42% da população mundial e 24% do produto bruto global. Somos fornecedores seguros e responsáveis de alimentos, reconhecidos no âmbito da biotecnologia e em tecnologia logística aplicada. Isto significa que não só somos capazes de produzir e exportar alimentos, mas sabemos fornecer serviços e formar especialistas para que outros países façam crescer sua eficiência produtiva e melhorem assim a qualidade de vida de seus habitantes", disse o presidente, citado pela agência Télam, em seu discurso aos presidentes dos países do BRICS.
Última hora
Alberto Fernández solicita a adesão da Argentina ao BRICS.
O presidente argentino afirmou que "nem o trigo, nem a comida podem se tornar uma arma de guerra", ressaltando que "a paz é urgente por ser urgente fazer um mundo mais igualitário".
A Argentina participa do encontro por convite pessoal para Fernández do líder chinês, Xi Jinping, neste ano, por ocasião do 50º aniversário do início das relações diplomáticas com a China.
Quanto à crise alimentar global, Alberto Fernández – como já o fez na Cúpula das Américas – assegurou que a Argentina pode substituir a Rússia no fornecimento de gás pelas existências do depósito petrolífero Vaca Muerta e contribuir com o necessário para garantir a segurança alimentar do planeta.
"O BRICS é uma excelente alternativa para meu país de cooperação diante de uma ordem mundial que vem funcionando para o benefício de poucos", escreveu Fernández em uma carta enviada ao fórum de partidos políticos da organização, que se reuniu em maio em forma virtual e que foi lida no encontro pelo embaixador da Argentina na China, Sabino Vaca Narvaja.
"Diálogo de Alto Nível sobre Desenvolvimento Global" é o lema da XIV Cúpula do BRICS que neste ano é presidida pela China e que ocorre em formato virtual desde 23 de junho.