Jean-Michel Cadenas, político da França e candidato do Reagrupamento Nacional (Rassemblement National, em francês) de extrema-direita para as eleições presidenciais de 2022, criticou os militares ucranianos por terem abandonado dois howitzers César franceses no campo de batalha.
"A Rússia recuperou, entre outras coisas, dois dos primeiros seis howitzers César enviados pela França [para a Ucrânia]! Em perfeito estado de funcionamento, os ucranianos partiram tão rapidamente [das suas posições] que não tiveram tempo de os destruir ou atacar!" escreveu Cadenas na sua conta Twitter.
Cadenas, ex-oficial do Exército francês, também criticou Emmanuel Macron, presidente da França, por os ter enviado em primeiro lugar, afirmando que as armas serão "dissecadas, estudadas, copiadas e melhoradas" pela Rússia, e acrescentando sarcasticamente: "Obrigado, Macron!
A empresa militar russa Uralvagonzavod, que está estudando o equipamento militar, também enviou seus cumprimentos ao presidente francês.
"Enviamos palavras de agradecimento ao presidente Macron pelos howitzers doados. O equipamento militar não é nada de especial, nada como os nossos MSTA-S. No entanto, eles vêm a calhar. Enviem mais, desmontaremos"!, escreveu a empresa no Telegram.
Moscou advertiu repetidamente os países ocidentais a não enviarem armas para a Ucrânia, avisando que Kiev poderia não ter controle sobre onde elas vão parar, incluindo nas mãos de terroristas que procuram comprometer a segurança europeia. O Kremlin também sublinhou que o fornecimento de armas a Kiev prolonga desnecessariamente o conflito na Ucrânia.