Citando fontes do governo norte-americano, a CNN informou neste domingo (26) que o presidente dos EUA, Joe Biden, deixou claro que os Estados Unidos pretendem transferir "sistemas de mísseis e munições mais avançados" para a Ucrânia.
"Dentro de uma semana, os EUA anunciarão que compraram sistemas [de defesa antimísseis] avançados terra-ar para a Ucrânia", disse a fonte.
A publicação sustenta que Kiev havia solicitado anteriormente os sistemas de mísseis antiaéreos NASAMS (armas que podem atingir alvos a mais de 160 quilômetros de distância) de Washington. Porém, a CNN não especificou se a Ucrânia receberia esses sistemas de defesa aérea.
Além dos sistemas de defesa antimísseis, os Estados Unidos também devem anunciar sua intenção de transferir outros tipos de assistência militar para Kiev, incluindo radares e munição.
O NASAMS apresentou taxa de sucesso superior a 90% em extensos testes e programas táticos de tiro contra uma variedade de alvos e perfis em cenários desafiadores
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Os EUA estão anunciando constantemente assistência de segurança adicional para a Ucrânia. Na semana passada, o governo Biden anunciou mais US$ 450 milhões (R$ 2,3 bilhões) em assistência militar para a Kiev, incluindo quatro sistemas de foguetes de lançamento múltiplo e munição de artilharia para outros sistemas.
No início do mês, o governo Biden disse que estava fornecendo mais US$ 1 bilhão (R$ 5,1 bilhões) em ajuda militar à Ucrânia, um pacote que inclui remessas de obuses adicionais, munição e sistemas de defesa costeira.
Em 24 de fevereiro, a Rússia lançou uma operação especial para desnazificar e desmilitarizar a Ucrânia. Vladimir Putin disse que seu objetivo era "proteger as pessoas que foram submetidas ao genocídio pelo regime de Kiev por oito anos".
Conforme esclarecido pelo Ministério da Defesa, o Exército russo já completou as principais tarefas da primeira etapa, reduzindo significativamente o potencial de combate das Forças Armadas da Ucrânia.
Os Estados Unidos , a União Europeia e o Reino Unido enviaram dezenas de bilhões de dólares em munições e equipamentos militares para as Forças Armadas da Ucrânia em poucos meses.
Moscou, por sua vez, alertou que depósitos de armas e munições se tornariam alvos legítimos para as suas Forças Aeroespaciais no país vizinho.