Panorama internacional

Analista: plano dos EUA de entregar sistemas antimísseis a Kiev pode acabar mal não só para Ucrânia

Os planos dos EUA de entregar à Ucrânia sistemas antimísseis de médio e longo alcance não facilita a resolução pacífica do conflito. Toda a situação pode terminar mal, e não só para a Ucrânia, acredita o cientista político russo Boris Mezhuev.
Sputnik
Recentemente, a CNN, citando fontes na administração americana, informou que os Estados Unidos planejam anunciar nesta semana sua intenção de fornecer à Ucrânia sistemas antimísseis de médio e longo alcance.
De acordo com as palavras do analista, os objetivos disso por parte dos EUA "não estão muito claros", se falarmos em contexto das perspectivas de uma resolução pacífica da situação.

"O problema é que os objetivos norte-americanos são pouco compreensíveis. A coalizão ocidental tem opiniões divididas. Há um ponto de vista sobre a necessidade de conduzir negociações, e há uma outra posição – 'da vitória sobre a Rússia', 'sobre a vitória final da Ucrânia', que é praticamente impossível. Porque a Rússia pode mobilizar todos os seus recursos, todas suas armas, e a história pode terminar mal não só para a Ucrânia", afirmou Mezhuev em entrevista à Sputnik.

Ele acrescentou ainda que, uma vez que as negociações foram interrompidas, é quase impossível entender as metas das várias partes.
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CNN: EUA decidiram fornecer à Ucrânia sistemas de defesa antimísseis de longo alcance
"Precisa voltar à mesa de negociações para que cada lado apresente suas exigências, para se compreender o que está sendo negociado ", especificou o especialista.
Conforme suas palavras, após as negociações terem parado, não é claro agora o que significa cada passo, inclusive, como neste caso, sobre o fornecimento de armamento.

"Porque 'uma derrota humilhante da Rússia' é impossível em princípio, mas é possível uma catástrofe para todos os lados. Os objetivos devem ser claramente definidos, mas para isso é preciso reiniciar o processo negocial. Isso é o principal. Caso contrário, quaisquer ações semelhantes vão apenas levar à escalada do conflito", resumiu o interlocutor da agência.

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