O comandante norte-americano disse também que o desenvolvimento do Exército de Libertação Popular (ELP) aumentou o "sentido de urgência" para proteger Guam de uma potencial ameaça de mísseis da China.
No contexto das crescentes capacidades militares de Pequim, alguns chefes militares dos EUA estão exagerando a "ameaça da China", escreve jornal estatal chinês Global Times.
Eles esperam que isso enfatize a necessidade de mais construção de bases-chave como Guam para que possam receber mais financiamento a fim de melhorar suas capacidades para conter a China.
Song Zhonping, um especialista militar chinês e comentarista de TV, disse ao Global Times que Guam ocupa uma posição importante na estratégia de defesa da China porque desempenha um papel essencial na contenção do Exército da China pelos EUA.
"No caso de um conflito militar entre os EUA e a China, Guam pode até ser transformada em uma base operacional avançada, representando uma grande ameaça para o ELP", observou Song.
No entanto, o ministro da Defesa da China Wei Fenghe realçou na cúpula de segurança do Diálogo Shangri-La, em Cingapura, que o seu país sempre seguiu uma política de defesa defensiva.
Assim, o ELP aumentará sua vigilância em relação às implantações e construções de Washington em Guam, mas nunca tomará a iniciativa de atacar a ilha do Pacífico.
Mesmo assim, o chefe do Comando Indo-Pacífico dos EUA mencionou em suas observações o chamado "sentido de urgência" devido ao reforço militar da China.
Talvez o que Aquilino disse sugira que os militares dos EUA estão intensificando seus preparativos para uma luta militar com a China e seria por isso que Washington está preocupado que Pequim possa atacar Guam em um contra-ataque, sugere jornal.
Guam seria especialmente importante em qualquer conflito potencial, em parte porque a base da Força Aérea Andersen, que ocupa grande parte da ala norte da ilha, é a única base dos EUA no oeste do Pacífico capaz de hospedar bombardeiros pesados por longos períodos.
Os EUA têm expandido gradualmente sua presença em Guam na última década. Em 2013, os EUA implantaram lá um sistema de defesa antimíssil THAAD depois que a Coreia do Norte ameaçou disparar mísseis contra a ilha.