Panorama internacional

Novas sanções dos EUA contra Rússia visam atingir cadeia de suprimentos da Defesa

Washington e demais membros do G7 devem lançar nova rodada de sanções visando atingir tecnologia-chave na cadeia de suprimentos da indústria de Defesa russa, anunciou a Casa Branca.
Sputnik
Os EUA e outros membros do G7 (grupo formado por Alemanha, Canadá, Estados Unidos, França, Itália, Japão e Reino Unido) estão prestes a impor restrições a "centenas de indivíduos e entidades" como parte de sua nova rodada de sanções à Rússia, anunciou a Casa Branca nesta segunda-feira (27). As medidas vão ter como alvo o complexo industrial militar de Moscou para privá-lo de tecnologias-chave, disse o comunicado.
As principais economias ocidentais "vão atacar agressivamente" as principais empresas estatais de defesa da Rússia, instituições de pesquisa do setor e outras entidades "relacionadas à Defesa" com "sanções de bloqueio", destacou a Casa Branca. O objetivo das restrições é minar a indústria da Defesa russa de "componentes críticos" e limitar sua capacidade de substituir equipamentos perdidos no conflito com Kiev.
As nações ocidentais vão continuar a "restringir o acesso da Rússia aos principais insumos industriais, serviços e tecnologias produzidos por nossas economias", disse a Casa Branca, acrescentando que os efeitos das medidas devem se tornar mais visíveis "ao longo do tempo.
Washington não nomeou nenhuma entidade ou indivíduo específico até o momento, mas disse apenas que planeja colocar um total de 500 funcionários russos em sua lista negra por "exercer autoridade ilegítima" e cometer "abusos de direitos humanos".
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Os países do G7 também vão impor restrições a empresas estrangeiras envolvidas em "atividades de compensação de ausência", que de alguma forma ajudam a Rússia a evitar sanções.
Medidas adicionais anunciadas por Washington incluem tarifas mais altas sobre "mais de 570 grupos de produtos russos no valor de aproximadamente US$ 2,3 bilhões [cerca de R$ 12 bilhões] para a Rússia". As medidas foram “cuidadosamente calibradas” para prejudicar a economia russa e poupar a dos EUA, disse o comunicado. Receitas adicionais obtidas por meio das novas tarifas podem ser usadas para apoiar a Ucrânia, disse a Casa Branca.
No domingo (26), os EUA, Reino Unido, Canadá e Japão anunciaram um embargo ao ouro russo. No nível do G7, a iniciativa enfrentou resistência da Alemanha, que disse que decisões como essa deveriam ser tomadas primeiro pela União Europeia (UE).
Os EUA e seus aliados já introduziram sanções abrangentes à Rússia por sua operação militar especial na Ucrânia, incluindo restrições direcionadas aos setores bancário e financeiro e restrições pessoais a funcionários e empresários considerados próximos do Kremlin. Os bancos russos também foram desconectados do sistema SWIFT.
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Os EUA e o Canadá anunciaram um embargo ao petróleo da Rússia logo após o início da operação militar, no final de fevereiro. A UE seguiu o exemplo em maio, após semanas de debates. Algumas nações do bloco receberam uma isenção.
O impulso das sanções enfrentou resistência de algumas nações ocidentais, como a Hungria, que disse que as medidas só prejudicariam o Ocidente sem afetar significativamente a Rússia. Os EUA reconheceram, no início de junho, que as receitas da Rússia com combustíveis fósseis dispararam nesta primavera - no Hemisfério Norte - apesar das sanções.
Em meados de maio, a Bloomberg informou que as receitas petrolíferas da Rússia aumentaram cerca de 50% desde o início de 2022, quando Moscou redirecionou as exportações para a região da Ásia-Pacífico. As exportações de petróleo da Rússia para a Índia aumentaram cerca de 25 vezes em maio, segundo a Reuters.
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