"Naturalmente a Rússia tomará medidas de retaliação, que serão muito duras", disse Medvedev, em entrevista ao jornal russo Argumenty i Fakty.
Segundo ele, uma parte significativa das possibilidades é de natureza econômica e "capaz de cortar o oxigênio de nossos vizinhos bálticos que adotaram ações hostis".
"Essa escalada é uma má escolha. E os cidadãos comuns da Lituânia, cujo padrão de vida já não é o mais alto, sofrerão com isso. Os políticos lituanos estão pedindo favores, e os cidadãos estão tentando sobreviver de alguma forma. Nesse teatro do absurdo, tanto esses como outros conseguem fazer cada vez pior", criticou o ex-presidente.
Cidade de Kaliningrado, enclave russo entre a Polônia e a Lituânia, na costa do mar Báltico. Foto de arquivo
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/ A União Europeia (UE) deixou de permitir o tráfego de mercadorias registradas na Rússia para países europeus no início de abril. No entanto foi feita uma exceção com relação ao trânsito à região de Kaliningrado, enclave russo situado na costa do mar Báltico.
O governador de Kaliningrado, Anton Alikhanov, informou, no dia 18, sobre o bloqueio da companhia estatal ferroviária lituana, a Lithuanian Railways, apesar do acordo com Moscou de que os corredores de transporte deveriam permanecer abertos.
A Lituânia alega que estaria simplesmente seguindo o plano de sanções da UE contra a Rússia.
Na última quinta-feira (23), o chefe das relações exteriores da União Europeia, Josep Borrell, afirmou que o bloco revisará suas diretrizes de sanções para evitar "bloquear" o tráfego de entrada e saída de Kaliningrado.
A declaração do alto funcionário ocorreu logo após o Ministério das Relações Exteriores da Rússia ter emitido alertas sobre as consequências das restrições lituanas.