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Oposição protocola no Senado pedido para abertura da 'CPI do MEC' ante supostos casos de corrupção

Para criação de uma CPI na Casa, são necessárias no mínimo 27 assinaturas, até o momento, a oposição ao governo Bolsonaro coletou 31, quatro a mais do que o previsto.
Sputnik
Nesta terça-feira (28), o senador Randolfe Rodrigues (Rede) protocolou o pedido para criação de uma CPI destinada a investigar as denúncias de corrupção e tráfico de influência no Ministério da Educação (MEC), segundo o G1.
Entretanto, para que a ação tenha continuidade, é preciso que o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD), faça a leitura do documento em plenário. Para que uma Comissão Parlamentar de Inquérito seja validada, pelo menos 27 senadores precisam assinar o pedido, até o momento 31 parlamentares assinaram.
Em março, um áudio vazou na mídia com o ex-ministro da Educação, Milton Ribeiro, declarando que, a pedido do presidente, Jair Bolsonaro (PL), o governo federal dá prioridade de liberação de verbas do MEC a prefeituras cuja negociação fosse feita por dois pastores evangélicos sem cargo no Executivo, nomeadamente Gilmar Santos e Arilton Moura, conforme noticiado.
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Com o escândalo, Ribeiro decidiu pedir demissão do cargo no dia 28 de março e o caso ficou menos em vista. Com isso, as investigações saíram do STF e foram para a Justiça Federal em Brasília. O juiz Renato Borelli, da 15ª Vara Federal, entendeu que, soltos, Ribeiro e os pastores poderiam interferir nas investigações e, por isso, determinou a prisão dos pastores e do ex-ministro no dia 22 de junho.
Em seguida, chegou à mídia outro áudio de Ribeiro dizendo que o presidente o ligou no dia 9 de junho "pressentindo" que a PF cumpriria um mandado de busca e apreensão em sua residência, confirmando, de certa forma, que pode ter havido corrupção durante sua gestão na pasta.
No entanto, no dia 23 de junho, o desembargador Ney Bello, do Tribunal Regional Federal da 1ª Região, com sede em Brasília, mandou soltar o ex-ministro.
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Para aliados de Bolsonaro, o caso vem no pior momento, uma vez que enfraquece a campanha eleitoral do presidente que é baseada no argumento de que não há corrupção no seu governo.
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