Anteriormente, a agência Bloomberg, referindo-se a suas fontes, comunicou que em seu novo conceito estratégico a OTAN chamaria a China de "desafio sistemático" e destacaria o fortalecimento da cooperação entre Pequim e Moscou.
"Exigimos que a OTAN acabe imediatamente com a divulgação de declarações falsas e provocativas contra a China", disse o diplomata.
Zhao Lijian afirmou que a OTAN é "um instrumento através do qual certos países mantêm sua hegemonia", criando com esse objetivo "inimigos imaginários".
"Sendo um produto da Guerra Fria e a maior aliança militar no mundo, a OTAN tem seguido há muito tempo conceitos de segurança obsoletos. A aliança se tornou há muito tempo um instrumento através do qual certos países mantêm sua hegemonia", afirmou.
O diplomata apelou à OTAN para rejeitar a mentalidade da Guerra Fria, o jogo de soma zero e a busca de inimigos imaginários. Ele salientou que a OTAN já "provocou o caos" na Europa e acrescentou que não era preciso "provocar o caos" também na Ásia e em outras regiões do mundo.
Espera-se que no novo documento sejam anunciadas preocupações relacionadas com a China em tais áreas como cibersegurança, desinformação, controle sobre infraestruturas críticas e respeito pela ordem internacional. A Bloomberg lembra que a versão anterior do conceito, aprovada em 2010, não continha nenhumas referências sobre a China. Além disso, a Rússia era nomeada "parceira" da aliança.
Anteriormente foi comunicado que os líderes da OTAN aprovariam em Madri um conceito estratégico renovado para o período até o ano de 2030. O secretário-geral da OTAN Jens Stoltenberg afirmou que no novo conceito a Rússia seria chamada de "ameaça principal à segurança coletiva".