Panorama internacional

ONU rebate ameaça de Zelensky a jornalistas russos: 'Liberdade de imprensa se aplica universalmente'

A Organização das Nações Unidas (ONU) rebateu uma ameaça tecida pelo presidente da Ucrânia, Vladimir Zelensky, contra jornalistas russos que cobrem a operação militar especial desencadeada pelo Kremlin no país.
Sputnik
Stéphane Dujarric, porta-voz do secretário-geral da ONU, declarou que as Nações Unidas defendem o princípio de que a liberdade de imprensa se aplica universalmente em todo o mundo.
A declaração foi dada nesta quarta-feira (29), em resposta às ameaças de Zelensky.

"Liberdade de imprensa é liberdade de imprensa e se aplica universalmente em todo o mundo, nos 193 Estados-membros, e esses princípios permanecem inalterados e inabaláveis", disse Dujarric, durante uma coletiva de imprensa.

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Ontem (28) Zelensky ameaçou jornalistas russos, afirmando que todos eles seriam punidos por sua cobertura dos eventos na Ucrânia.
As Nações Unidas defendem a liberdade universal de imprensa e declararam 3 de maio como o Dia Mundial da Imprensa.
A Rússia iniciou sua operação militar especial na Ucrânia em 24 de fevereiro, com o objetivo de "desmilitarizar e desnazificar" o país vizinho, após as repúblicas populares de Donetsk (RPD) e Lugansk (RPL) pedirem ajuda para se defenderem da intensificação dos ataques ucranianos.
Segundo o Ministério da Defesa russo, somente a infraestrutura militar ucraniana está sendo visada. Moscou já reiterou, por diversas vezes, que não tem planos de ocupar o país.
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Em retaliação à operação, os EUA, a União Europeia (UE) e seus aliados iniciaram a aplicação de sanções contra Moscou. Entre as medidas estão restrições econômicas às reservas internacionais russas e a suas exportações de petróleo, gás, aço e ferro.
A escalada de sanções impostas pelo Ocidente transformou a Rússia, de forma disparada, na nação mais sancionada do mundo, segundo a plataforma Castellum.ai, serviço de rastreamento de restrições econômicas no mundo.
No total, estão em vigor 10.920 medidas restritivas contra a Rússia, segundo os cálculos do site. A quantidade é mais que o triplo das 3.637 sanções impostas pelo Ocidente ao Irã. Na sequência, aparecem a Síria (2.614), a Coreia do Norte (2.111), Belarus (1.133), a Venezuela (651) e Mianmar (567).
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