Nesta quarta-feira (29), os líderes do G7 chamaram as táticas comerciais chinesas de "não transparentes" e afirmaram que a China provocava "distorções" no mercado internacional. A declaração final da cúpula também continha o apelo para reduzir a "dependência estratégica" do gigante asiático.
O porta-voz do Ministério das Relações Exteriores chinês, Zhao Lijian, reagiu às criticas na quarta-feira (29) ao dizer que a declaração demonstrava que os aliados "queriam criar divisões e provocar confrontos sem qualquer senso de responsabilidade ou moralidade".
O G7 deve "estimular a globalização", não semear divisão "em uma época crítica para a comunidade internacional, que está lutando contra a pandemia e pela recuperação econômica", afirmou Zhao em uma coletiva de imprensa regular.
A declaração do G7, em que os líderes assumiram o compromisso de "promover diversificação e resiliência à coerção econômica e reduzir a dependência estratégica", foi divulgada na véspera da cúpula da OTAN em Madri, onde os líderes do G7 se juntaram a seus parceiros. Na cúpula, a aliança dos 30 membros também demonstrou sua prontidão para endurecer a posição comum contra Pequim.
A China tem sido criticada há muito tempo por suas atividades comerciais que, na visão de Washington, contribuem para criar vantagens de maneira injusta para as empresas chinesas em detrimento a empresas estrangeiras.
O conflito na Ucrânia e a recusa de Pequim de influenciar o presidente russo Vladimir Putin fizeram com que outros países, dentre eles a gigante exportadora Alemanha, começassem a reconsiderar sua confiança no gigante asiático.
Ao mesmo tempo, os aliados ocidentais reconhecem que os desafios modernos, incluindo as mudanças climáticas, não podem ser resolvidos sem a participação de Pequim.