Dados divulgados nesta quarta-feira (29) pelo Departamento de Comércio dos EUA apontam que o PIB americano fechou o primeiro trimestre em 1,6%. O percentual representa uma queda significativa diante dos 6,9% registrados no último trimestre de 2021.
Embora tenha superado o percentual de 1,5% projetado por economistas, o PIB deste trimestre elevou o temor de recessão no país, que vem registrando a pior inflação dos últimos 40 anos. Em maio deste ano, a inflação nos EUA ficou em 8,6%, e para tentar conter o avanço inflacionário o Federal Reserve (Fed), o banco central dos EUA, elevou em 0,75% a taxa de juros, subindo de 1,5% para 1,75% — a maior taxa de juros desde 1994.
Entre os fatores que contribuíram para a turbulência econômica americana estão as sanções aplicadas contra o setor de energia da Rússia, em reposta à operação especial na Ucrânia. As penalizações atingiram o setor de commodities americano, elevando os preços dos combustíveis e dos produtos agrícolas. Os alimentos ficaram mais caros para o consumidor, gerando risco de insegurança alimentar. Com a alta de preços, a confiança do consumidor caiu, de 103,2 pontos registrados em maio para atuais 98,7, o mais baixo patamar desde fevereiro de 2021, conforme apontou o Conference Board, instituição independente de âmbito global voltada para pesquisas e análises econômicas.
Coroando esse cenário, as bolsas americanas fecharam em queda na última segunda-feira (28). O índice Dow Jones fechou em queda de 0,20%, o S&P fechou com uma queda de 0,30% e a Nasdaq recuou 0,80%, segundo dados divulgados pelo jornal O Estado de S. Paulo.