A União Europeia pode levar mais de três anos para se recuperar da perda total do fornecimento de gás russo, prevê um relatório publicado na terça-feira (28) pela agência de classificação internacional Fitch Ratings.
Ela identifica Eslováquia, Hungria e República Tcheca como "os países da Europa Central e Oriental mais expostos [ao risco de] uma súbita interrupção do fornecimento de gás russo aos países da UE", com "um choque macroeconômico significativo, incluindo em muitos casos crescimento negativo e inflação mais alta", de acordo com a agência.
Eslováquia, Hungria e República Tcheca, por exemplo, combinam uma "alta dependência do gás russo com a falta de abastecimento de energia alternativa viável" a curto prazo.
Polônia, Lituânia e Romênia são os países menos vulneráveis neste cenário, com elas assegurando a maior parte do fornecimento de gás desde fontes alternativas ou produção interna significativa, enquanto os restantes países da região, Bulgária, Croácia, Eslovênia, Estônia e a Letônia, sofrerão um efeito intermediário.
A Fitch explica que uma ruptura súbita por parte da Rússia não é um "cenário de base", mas um risco.