Em entrevista para o jornal Estado de São Paulo nesta quinta-feira (30), o senador, Flávio Bolsonaro (PL), disse que o presidente, Jair Bolsonaro (PL), não terá como controlar uma eventual reação violenta de apoiadores que contestem o resultado das urnas.
Flávio, que também é coordenador da campanha do pai, não quis confirmar se Bolsonaro reconheceria uma derrota, mas negou que planeje estimular um levante. "Algo incentivado pelo presidente Bolsonaro, a chance é zero", disse ele.
O filho mais velho do presidente sugeriu ainda que militares se pronunciem oficialmente se o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) ignorar as recomendações para a transparência das eleições feitas pela Defesa.
"Se as Forças Armadas apontam vulnerabilidades, e o TSE não supre, é natural que essas pessoas tenham que se posicionar [dizendo]: 'A gente não pode garantir que as eleições vão ser seguras'".
Segundo Flávio, o mandatário quer apenas uma eleição "segura e transparente", o que o "TSE deveria fazer por obrigação". Em sua visão, uma parte considerável da opinião pública não acredita no sistema de urnas eletrônicas.
Ao mesmo tempo, o senador rechaçou qualquer interferência de Bolsonaro na Polícia Federal ao comentar o caso da prisão do ex-ministro Milton Ribeiro, e afirmou que uma CPI nada mais é do que palanque político na véspera da eleição.
"Sou contra um factoide como esse para atrapalhar a eleição, como foi a CPI da Covid. Espero que o Senado não caia nessa armadilha que só bota o Senado cada vez mais em descrédito", afirmou.