As existentes Forças de Reação Rápida da aliança possuem 40 mil indivíduos no Leste Europeu, e em conformidade com a estratégia do bloco, elaborada inicialmente para o combate ao terrorismo, entrariam em hostilidades no decorrer de 15 dias após o seu início, explica o especialista.
"Tal passo era bem suficiente para o período quando a aliança reagiu às mensagens sobre jihadistas terem começado a alimentar os camelos para irem para a batalha após a neve derreter. Mas os russos são capazes de derrotar completamente o Báltico em 15 dias", afirmou Vodicka.
O observador notou que a nova estratégia da Aliança Atlântica, anunciada na quarta-feira (29) durante a cúpula do bloco em Madri e que prevê a instalação no Leste Europeu de até 300 mil soldados, agora é irrealizável. Na opinião dele, os exércitos do Ocidente têm se degradado muito nas últimas décadas com o combate a terroristas.
"Isso levou à transformação dos exércitos em destacamentos baratos de expedicionários, admirados por homens barbudos de unidades especiais. Mas agora o Ocidente precisa de mais tanqueiros e artilheristas", aponta o jornalista.
Além dos problemas com o pessoal, os países da OTAN estão sofrendo déficit de armas, o que foi demonstrado pelo esgotamento dos arsenais militares dos países ocidentais após o fornecimento de armamento à Ucrânia, especificou Vodicka.
Em 29 de junho, os líderes dos países-membros da OTAN aprovaram o novo Conceito Estratégico da aliança até 2030 que rotula a Rússia como "ameaça direta". Os políticos afirmaram que Bruxelas quer manter canais de comunicação com Moscou para baixar os riscos, mas já não a vê como sua parceira.