Na recente cúpula realizada na Baviera, os líderes dos países do grupo G7, composto por Reino Unido, Alemanha, Itália, Canadá, EUA, França e Japão, confirmaram sua intenção de reduzir a dependência de energia da Rússia e concordaram provisoriamente em começar a restringir os preços de petróleo e gás russos.
Falando em um evento em Cingapura, o CEO da Shell apresentou um cenário sombrio de fornecimento de energia com dificuldades para substituir grande quantidade de petróleo e gás russos que ainda são fornecidos para a Europa.
"Haverá mais fornecimento de GNL [gás natural liquefeito] entrando na Europa, mas se vai haver muitas fontes novas de GNL para preencher a lacuna? Acho que não", observou van Beurden nesta quarta-feira (29).
Além disso, o presidente da Shell disse que o mundo está seguindo rumo a um "período turbulento" à medida que o aperto no fornecimento de gás liquefeito e petróleo exacerba uma crise global de energia.
"A capacidade de reserva é muito baixa, a demanda ainda está se recuperando", apontou. "Desta forma, com as incertezas com [o conflito] na Ucrânia e as sanções que podem surgir, existe uma boa chance de que enfrentaremos um período turbulento."
A perspectiva para o petróleo não é muito mais otimista, notou o CEO da Shell, dizendo que a capacidade de reserva da OPEP era menor do que muitos acreditavam ou esperavam. Ainda assim, a demanda atingiu os níveis pré-pandemia e continuará aumentando nos próximos anos.