Panorama internacional

Premiê neerlandês apela aos países da OTAN a enviar armas à Ucrânia, mesmo à custa de sua segurança

Mark Rutte, primeiro-ministro dos Países Baixos, apelou aos outros países da Aliança Atlântica para intensificarem a assistência militar à Ucrânia, mesmo que depois não possam defender plenamente seus próprios territórios nos próximos meses.
Sputnik
"É extremamente importante que todos os países que ainda têm coisas [armas nos estoques] as entreguem [à Ucrânia]", disse Rutte.
"Isso pode significar que nos próximos meses você não será capaz de proteger totalmente seu próprio país mas, neste momento, é importante que priorizem a Ucrânia", acrescentou o premiê, de acordo com o jornal Politico.
O primeiro-ministro neerlandês criticou outros membros da OTAN por não enviarem armas pesadas para Kiev em quantidades suficientes.
Rutte disse que não queria nomear e envergonhar estes países "porque se você o fizer, eles definitivamente não vão fazer isso".
Os Países Baixos já se comprometeram a fornecer blindados (presumivelmente YPR-765) ao regime de Kiev, 200 complexos de mísseis antiaéreos Stinger, 3.000 capacetes e 2.000 coletes antifragmentação, 100 fuzis de precisão com munições e 400 granadas (com permissão da Alemanha).
A Rússia enviou aos países da OTAN uma nota de protesto contra o fornecimento de armas ocidentais à Ucrânia. O ministro das Relações Exteriores russo, Sergei Lavrov, destacou que qualquer carga que contenha armamento para a Ucrânia se tornaria alvo legítimo para as tropas russas.
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O porta-voz do presidente russo, Dmitry Peskov, afirmou que, ao inundar a Ucrânia com armas, o Ocidente não contribui para o sucesso das negociações russo-ucranianas, tendo pelo contrário um efeito negativo.
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