Um dia depois de pedir por uma ação mais rápida de seus aliados para ajudar Taiwan com armas defensivas, caso o continente chinês decidisse por "invadir" a ilha, Liz Truss continua afirmando que Pequim deveria aprender "uma lição fundamental da invasão russa da Ucrânia".
O governo chinês, no entanto, tem dedicado esforços para resolver a questão de Taiwan por meios pacíficos, já que enxerga Taiwan como um assunto interno, alertando o Ocidente que não toleraria qualquer interferência externa.
Na cúpula da OTAN (Organização do Tratado do Atlântico Norte), a Grã-Bretanha deixou claro que um de seus objetivos é cooperar com a "Estratégia Indo-Pacífico" dos EUA e atrair todos os aliados e parceiros fora da região Ásia-Pacífico para a aliança liderada por Washington na região.
Para analistas alguns analistas, as falas da secretária indicam a intenção de internacionalizar a questão de Taiwan e transformar as décadas de estabilidade na região Ásia-Pacífico em turbulência, crise e até guerra.
Para o especialista militar chinês e comentarista de TV, Song Zhongping que falou ao Global Times, o Reino Unido não teria se reconciliado com o declínio da glória anterior do "império em que o sol nunca se põe". Como resultado, Londres estaria tentando explorar várias questões regionais pontuais para tentar se destacar de forma global. Para o especialista, o comportamento é fruto da mentalidade colonialista inglesa.
Zhongping destacou ainda que o Reino Unido espera poder restaurar a glória do "Império Britânico" e pensa que conter a China e a Rússia vai ajudar a realizar tal sonho. O que jamais aconteceria, afirmou ele.
Alguns observadores internacionais dizem que as falas de Truss tem como objetivo despertar a opinião pública para sua atuação política, para quem sabe fazer dela a próxima primeira-ministra britânica. Especialistas que falaram à mídia chinesa sob condição de anonimato também dividem a mesma opinião.