Conforme relata o canal de TV dinamarquês tv2.dk, "mesmo que estejamos na Estônia, e consequentemente, no território da OTAN, 95% dos cidadãos falam russo e muitos são leais à Rússia, inclusive a respeito do conflito ucraniano".
Os moradores de Narva contaram aos jornalistas do canal que não compartilham a posição ocidental relativamente a Moscou.
"Putin faz tudo pela Rússia. Os mísseis podem atingir Moscou em cinco minutos. É por isso que ele está lutando com os nazistas na Ucrânia", diz o morador local Anatoly.
De acordo com suas palavras, em caso de um hipotético conflito militar entre a Rússia e Estônia, os moradores de Narva apoiariam Moscou.
"Eu certamente estarei com os russos. Em Narva todos estão do lado da Rússia", afirmou.
Outra moradora, Lyudmila, por sua vez queixou-se aos repórteres da discriminação dos russos no país báltico. Segundo ela, as crianças são proibidas de falar sua língua materna na escola, além disso, os russos étnicos enfrentam problemas para obter emprego no setor público.
Na questão das relações com a Rússia, nota, a situação depende do governo da Estônia, que deve ser "mais prudente e diplomático", conforme suas palavras.
A Rússia realiza uma operação especial na Ucrânia desde 24 de fevereiro. Conforme declarou o Ministério da Defesa russo, o Exército do país já alcançou os objetivos da primeira etapa e reduziu "significativamente" o potencial militar ucraniano.