A declaração de Opedal ocorreu em entrevista publicada pelo jornal alemão Handelsblatt.
"Atualmente, estamos exportando todo o gás que podemos para a Europa continental e para o Reino Unido, sendo que a maior parte vai para a Alemanha", afirmou o presidente da Equinor.
Opedal acrescentou que o aumento do envio só será possível quando os terminais alemães de gás natural liquefeito (GNL) de Wilhelmshaven, Brunsbuttel e possivelmente de Lubmin estiverem em operação. A expectativa é de que os terminais sejam concluídos no final de 2022.
A Noruega é a segunda maior fornecedora de gás para a Alemanha, atrás apenas da Rússia. Em 2020, conforme dados da BP, Oslo forneceu cerca de 31 bilhões de metros cúbicos de gás à Alemanha, sendo que o fornecimento russo chegou a 56 bilhões de metros cúbicos.
Um navio-tanque de gás natural liquefeito (GNL) do Catar é carregado em no poro de Raslaffans, no norte do país
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Desde o início da operação militar russa na Ucrânia, países europeus têm imposto sanções econômicas contra a Rússia, incluindo o setor de energia. Recentemente, o chanceler alemão, Olaf Scholz, anunciou medidas para reduzir a dependência energética alemã da Rússia, incluindo o investimento na construção de terminais de GNL.