Panorama internacional

EUA não investem o suficiente em tecnologias avançadas para alcançar o ritmo da China, diz relatório

O governo dos EUA e o Departamento de Defesa em particular estão investindo mais em tecnologias de ponta, contudo, um novo relatório analítico observa que Washington não está gastando o suficiente para acompanhar o ritmo de concorrentes como a China nas áreas de inteligência artificial e aprendizado de máquina.
Sputnik
De acordo com o novo estudo da empresa de análise de dados Govini, os gastos dos EUA em tecnologias avançadas como armas hipersônicas e inteligência artificial ainda são modestos, quando comparados aos seus rivais chineses.
O estudo se baseia em uma lista de áreas tecnológicas cruciais, abrangendo 14 tecnologias, entre as quais tecnologias espaciais, ciência quântica, inteligência artificial, aprendizado de máquina e biotecnologia.
A empresa afirma que, dada a apresentação clara das informações, os decisores da administração Biden estão agora melhor equipados para orientar o desenvolvimento dessas tecnologias cruciais e dos programas militares em geral.

"Nos últimos anos, o governo dos EUA reconheceu a importância das tecnologias emergentes, tanto para a concorrência estratégica com a China, como para a nossa futura prosperidade nacional, e várias administrações e congressos adoptaram medidas em conformidade [com isso]", aponta o relatório, citado pela Breaking Defense. "Mas, apesar desses esforços, avançar rápido o suficiente para ultrapassar a China continua sendo um grande desafio".

Tara Murphy Dougherty, diretora executiva da Govini, disse em um comunicado de imprensa que, no relatório deste ano, a empresa considerou que era "vital que o país se concentrasse em tecnologias cruciais para o futuro da segurança nacional".
"O Departamento da Defesa reconheceu a importância da tecnologia emergente na concorrência estratégica em curso com a China, particularmente na competitividade econômica e militar", notou ela.
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"O Departamento está confiante na inovação que ocorre nos setores público e privado para desenvolver e implementar as futuras capacidades de nossas necessidades militares. No entanto, apesar dos esforços contínuos, nossa vantagem competitiva está em risco. Como mostram os dados, é imperativa uma mudança mais agressiva a favor da inovação; mais do mesmo não funcionará", explicou Dougherty.
Segundo o estudo, o Pentágono continua tendo dificuldades em interagir com os setores de startups e inovação; em vez disso, favorece os principais integradores e empresas de serviços, perdendo oportunidades para aproveitar os desenvolvimentos emergentes.
A China, por contrário, estaria assumindo a liderança em áreas como computação quântica, inteligência artificial e aprendizado de máquina, ante o financiamento limitado dos EUA.
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