"Se quisermos paz, precisamos agora aumentar significativamente as nossas capacidades militares", disse Orbán à emissora nacional Kossúth.
No final de fevereiro, o premiê do país afirmou que os policiais e militares húngaros começaram o trabalho na fronteira húngaro-ucraniana. Em março, Orbán relatou que não vai entregar armas para a Ucrânia, assinando um decreto respectivo. O ministro das Relações Exteriores da Hungria, Peter Szijjarto, afirmou posteriormente que Budapeste não deixará passar entregas de armas através de seu território.
Hungria não vai considerar propostas que levam à perda de gás russo
Além do assunto do fortalecimento militar, o primeiro-ministro levantou o tema da energia. De acordo com suas palavras, a nação não está disposta a discutir propostas que poderiam levar à redução de acesso ao gás russo.
"Não discutimos propostas que prejudicariam o nosso acesso ao gás russo. Não estamos procurando um compromisso, simplesmente não há nada para nós discutirmos", constatou ele.
Após o início da operação especial russa na Ucrânia, o Ocidente endureceu a pressão sancionatória contra Moscou. Ante a crise ucraniana, diversos países do Ocidente suspenderam as entregas de gás e petróleo russos e declaram estar à procura de reduzir a dependência da energia russa. Porém, a Hungria é um dos países profundamente dependentes do gás e petróleo russos, e as autoridades dela se opõem às sanções contra a Rússia.