Panorama internacional

Sem gás russo, senador de Hamburgo, na Alemanha, alerta para racionamento de água quente

Temendo possíveis interrupções nas importações de gás russo, um senador alemão apontou que medidas drásticas podem ser adotadas.
Sputnik
"A cidade alemã de Hamburgo racionará água quente para residências particulares e limitará a temperatura máxima de aquecimento no caso de uma escassez aguda de gás", disse o senador Jens Kerstan.
Em entrevista para o jornal Welt am Sonntag neste sábado (2), o ambientalista disse que a Alemanha deve se preparar para possíveis interrupções nas importações de gás russo.
O governo alemão mudou no mês passado para o estágio dois de seu plano de emergência de gás de três níveis, após a Rússia reduzir entregas através do gasoduto Nord Stream (Corrente do Norte).
As autoridades estão apelando aos cidadãos e empresas para reduzir o consumo de energia e ajudar o país a preencher sua capacidade de armazenamento de gás até o inverno, mas as cidades também estão considerando medidas se o gás acabar.
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"Em uma aguda escassez de gás, a água quente só poderia ser disponibilizada em determinados momentos do dia em caso de emergência", disse o senador de Hamburgo, Jens Kerstan.
De acordo com o plano federal de emergência, residências e instituições críticas, como hospitais, serão priorizadas em relação à indústria no terceiro estágio, mas isso pode não ser possível em todos os lugares em Hamburgo por razões técnicas.
"Não será possível em todos os lugares diferenciar entre clientes comerciais e privados em caso de escassez de gás", apontou Kerstan.
Para ele, certas indústrias, "como alumínio, cobre ou vidro, não podem simplesmente ser desconectadas, pois os sistemas seriam sucateados imediatamente".
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Recentemente, o chanceler alemão, Olaf Scholz, anunciou medidas para reduzir a dependência energética alemã da Rússia, incluindo o investimento na construção de terminais de GNL.
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