O Comitê de Investigação da Rússia, principal autoridade de apuração do país, disse que verificará todas as circunstâncias do ataque.
"Agentes do Comitê de Investigação da Rússia identificarão todas as pessoas envolvidas neste crime e farão uma avaliação legal de suas ações", informou o órgão em nota.
A emissora NTV informou em seu Telegram que a equipe de filmagem do canal ficou sob fogo de um morteiro da Ucrânia perto de Slavyansk e que um cinegrafista foi ferido.
De acordo com a autoridade russa, apesar dos ferimentos, o cinegrafista continuou seu trabalho para registrar o que estava acontecendo durante o bombardeio.
"Esses vídeos se tornaram mais uma confirmação da atividade ilegal das unidades armadas da Ucrânia", prosseguiu o texto.
A Rússia iniciou sua operação militar especial na Ucrânia em 24 de fevereiro, com o objetivo de "desmilitarizar e desnazificar" o país vizinho, após as repúblicas populares de Donetsk (RPD) e Lugansk (RPL) pedirem ajuda para se defenderem da intensificação dos ataques ucranianos.
Segundo o Ministério da Defesa russo, somente a infraestrutura militar ucraniana está sendo visada. Moscou já reiterou, por diversas vezes, que não tem planos de ocupar o país.
Em retaliação à operação, os EUA, a União Europeia e seus aliados iniciaram a aplicação de sanções contra Moscou. Entre as medidas estão restrições econômicas às reservas internacionais russas e a suas exportações de petróleo, gás, aço e ferro.
A escalada de sanções impostas pelo Ocidente transformou a Rússia, de forma disparada, na nação mais sancionada do mundo, segundo a plataforma Castellum.ai, serviço de rastreamento de restrições econômicas no mundo.
No total, estão em vigor 11.161 medidas restritivas contra a Rússia, segundo os cálculos do site. A quantidade é mais que o triplo das 3.637 sanções impostas pelo Ocidente ao Irã. Na sequência, aparecem a Síria (2.614), a Coreia do Norte (2.111), Belarus (1.133), a Venezuela (651) e Mianmar (567).