O alegado computador portátil de Hunter Biden, filho de Joe Biden, presidente dos EUA, tem contatos de altos funcionários governamentais e do Google, determinou no sábado (2) o jornal The New York Post (NY Post).
O jornal relata que entre os números de celulares estavam os de seis funcionários responsáveis por elaborar a política dos EUA em torno da China: Thomas Parker, vice-presidente para assuntos de segurança nacional, Sarah E. Kemp, assessora comercial na Embaixada dos EUA em Pequim, Patrick Mulloy, ex-comissário da Comissão de Revisão Econômica e de Segurança EUA-China, e Bruce Quinn, diretor de implementação no Escritório do Representante Comercial dos EUA em Pequim.
Todos eles teriam esses cargos enquanto o atual presidente dos EUA era vice-presidente (2009-2017). Hunter Biden também acompanhou em 2013 o pai em uma das viagens de Joe Biden à China, para desescalar as tensões no mar do Sul da China, onde encontrou parceiros de negócios e lucrou com eles, incluindo em esquemas não declarados que os funcionários dos EUA são obrigados a declarar.
O NY Post tentou falar com as pessoas implicadas na investigação, mas apenas Quinn respondeu, dizendo desconhecer a razão de estar nos contatos de Hunter Biden e que nunca o encontrou em pessoa. Muitos dos funcionários do Google também não se lembraram de seu encontro com o filho de Joe Biden, ou o fizeram vagamente.
As informações do computador portátil também apontam para ligações a dez executivos do Google, incluindo Alan Davidson, ex-diretor de Políticas Públicas para as Américas do Google e que se tornou diretor de Economia Digital do Departamento de Comércio dos EUA, e Megan Smith, ex-vice-presidente do Google, que se tornou a terceira diretora de tecnologia dos EUA.
No entanto, o portátil não continha evidências que liguem suas nomeações na Casa Branca às prováveis relações com Hunter Biden.
O filho de Joe Biden está atualmente sob uma investigação federal por suposta evasão fiscal.