"Se não recebermos mais gás russo e tivermos um inverno mais ou menos ameno, os volumes armazenados neste momento – incluindo nossas obrigações de enviar gás para outros países europeus – durarão talvez um ou dois meses", observou Mueller ao grupo de mídia Funke.
Na sexta-feira (1º), o ministério da Economia da Alemanha disse que as instalações de armazenamento de gás natural do país estão preenchidas em quase 61%.
Além disso, segundo mídia local, o ministro da Economia Robert Habeck teria mostrado estatísticas relacionadas à dependência alemã da importação de petróleo russo que não correspondem à realidade.
Interrupções nas operações logísticas e financeiras devido às sanções ocidentais contra a Rússia debilitaram as cadeias de suprimentos e levaram a um aumento nos preços da energia em muitos países do mundo.
A União Europeia (UE) introduziu seis pacotes de restrições, porém nenhum deles tem afetado a importação do gás russo. Por outro lado, os países da UE têm vindo a estocar o gás com vista a terem instalações cheias em pelo menos 80% até novembro.
Na semana passada Rob Jetten, ministro do Clima e Energia dos Países Baixos, disse que a crise do gás em um dos países da União Europeia (UE) se espalhará por todo o continente europeu.
"Será ótimo se certos Estados-membros puderem abastecer suas instalações de armazenamento de gás antes de 1º de novembro, mas se outros países não conseguirem atingir 80%, e especialmente países grandes como a Alemanha, então devemos estar cientes de que isso terá um efeito dominó em toda a Europa", observou o ministro holandês.