De acordo com fontes do jornal argentino La Nación, a possibilidade de pôr fim à crise política no país surgiu durante a conversa entre o chefe de Estado e sua vice ainda no domingo, quando por meio de ligação telefônica, como resultado de negociações entre a Casa Rosada e o Senado, Fernández e Kirchner chegaram a um acordo sobre quem ocuparia o cargo de ministro da Economia depois da renúncia de Martín Guzmán do cargo.
Apesar de o governo ter negado que o encontro aconteceria, as duas lideranças se encontraram e os porta-vozes do Senado argentino insistem que o momento é oportuno. Sem mais detalhes sobre o que poderia resultar do encontro, a esperança seria encerrar as diferenças sobre a política econômica adotada pela atual gestão, duramente criticada por Cristina em ocasiões anteriores.
De acordo com o jornal, a necessidade de o presidente e sua vice, e ex-presidente, fecharem a lacuna que os separa em relação à política econômica do governo tornou-se uma demanda quase desesperada do partido no poder.
"Agora é a hora de diminuir as divergências", pediu ontem o senador José Mayans (Formosa), chefe do interbloco da Frente de Todos na câmara alta.
A porta-voz da Casa Rosada, Gabriela Cerruti, reconheceu nesta segunda-feira (4) que após o contato telefônico os canais de diálogo foram reativados e que os líderes concordaram em manter contato. "Eles vão continuar falando. Entendo que o ponto era: 'Vamos resolver isso hoje e depois continuaremos conversando sobre o resto'", disse a porta-voz.
Na medida em que Alberto Fernández e Cristina Kirchner concordaram em se encontrar, é possível que mudanças em outras áreas de gestão do governo possam ser redefinidas.