O primeiro-ministro britânico, Boris Johnson, disse a membros de seu gabinete que não pretende renunciar ao cargo. A informação foi dada nesta quarta-feira (6) pelo jornal The Times.
Segundo o jornal, Johnson afirmou que sua renúncia resultaria em instabilidade política no Reino Unido. O primeiro-ministro britânico também demitiu o ministro das Relações Intergovernamentais, Michael Gove, que havia pedido sua renúncia.
A declaração de Johnson e a demissão de Gove vêm poucas horas após o primeiro-ministro britânico admitir que poderia renunciar, caso percebesse que estivesse sem condições de continuar governando.
Desde a última terça-feira (5), o gabinete de Johnson enfrenta uma série de renúncias. Mais de 40 funcionários já renunciaram em protesto à liderança de Johnson. A saída em massa ocorre em meio a denúncias de assédio sexual envolvendo o deputado Christopher Pincher, vice-líder da bancada conservadora, que renunciou em 30 de junho.
Em 6 de junho, Johnson venceu a votação de uma moção de desconfiança, assegurando a permanência no cargo. Porém a vitória não garantiu o fim da turbulência em seu governo. A crise na gestão do primeiro-ministro vem escalando desde a polêmica envolvendo festas dadas por ele em meio ao lockdown, no auge da pandemia.