Em um pronunciamento voltado para o contexto das sanções contra a Rússia, Élisabeth Borne defendeu a nacionalização do setor de energia e disse que o país "não pode depender do gás e do petróleo russos".
De acordo com a Rádio França Internacional, ela reforçou que a "desordem e a instabilidade não são uma opção" para Paris.
Citando o conflito na Ucrânia, Élisabeth Borne destacou a "urgência e a necessidade de ações", principalmente em um momento em que "a situação econômica se degrada, com taxas de juros aumentando".
Ao longo de seu discurso de mais de uma hora, ela também defendeu uma França unida politicamente para enfrentar os problemas do país.
Élisabeth Borne se mostrou aberta à oposição para desenvolverem juntos as soluções para os desafios futuros, mostrando disposição a "escutar as preocupações dos diferentes grupos" e mesmo a "aceitar mudanças nos seus projetos", conforme o andamento dos debates.
Destacando o controle federal dos preços do gás, medida que ela disse que pretende estender, Borne enfatizou que "graças a isso a inflação na França é a mais baixa da zona euro".
Ela também prometeu "um teto para o aumento dos preços dos aluguéis" e "ajudar os franceses que dependem do carro para viver".
A representante do governo francês na Assembleia Nacional ainda divulgou a intenção do Estado em deter "100% do capital da EDF [Électricité de France]", a maior empresa produtora e distribuidora de energia da França.
A primeira-ministra ainda prometeu trabalhar para a popularização dos carros elétricos, descarbonizar a indústria e a agricultura e promover mudanças no padrão de consumo dos franceses para "acabar com a era do desperdício".