Em declarações à CNN, o chanceler ressaltou que será fisicamente impossível substituir as entregas de energia russas, caso cessem, uma vez que foi a geografia que determinou a infraestrutura existente.
"Em caso de deixarmos de receber os fornecimentos, seria fisicamente impossível fornecer ao país petróleo suficiente. É uma questão matemática", constatou Szijjarto.
O ministro especificou que para mudar as longas rotas de fornecimento existentes, do leste ao oeste, por novas que vão do norte ao sul, precisará de muito dinheiro e de cinco a sete anos, portanto é impossível para Budapeste trocar as fontes de entregas em um dia.
"A questão é saber se o gás e o petróleo russos podem ser substituídos para que o seu próprio país continue funcionando, e a nossa resposta neste momento é 'não'; não porque não o queiramos, mas porque é fisicamente impossível", sublinhou.
Caso contrário, "obrigaríamos o povo húngaro a pagar o preço da guerra, que não é da sua responsabilidade, nem da sua vontade de explodir", constatou.
A União Europeia já aprovou seis pacotes de sanções antirrussas pela operação militar de Moscou na Ucrânia. No início de junho, o Conselho Europeu anunciou a adoção oficial do sexto pacote que prevê um corte de 90% das importações do petróleo russo para o final de 2022.
A Hungria se opôs a algumas cláusulas do pacote e exigiu que sejam realizadas negociações quanto ao embargo petrolífero.