Panorama internacional

Mídia chinesa: plano de infraestruturas do G7 visa 'a divisão e a competição' em vez da globalização

O jornal South China Morning Post criticou o plano de investimentos globais do G7, que "parece visar a divisão e a competição" em vez de se juntar aos esforços de globalização da China.
Sputnik
O projeto de infraestruturas anunciado pelo G7 na sua última cúpula cria divisões desnecessárias com o objetivo de visar a China, diz o jornal South China Morning Post (SCMP).
O jornal defendeu em um artigo de opinião que a globalização tem "uma história comprovada de fazer do mundo um lugar melhor" e que o projeto da Rota da Seda da China, iniciado em 2013, tem esse como objetivo principal.
Enquanto isso, o plano do G7 "deveria estar dentro do mesmo espírito e ter em mente a integração, mas, em vez disso, parece visar a divisão e a competição", com Joe Biden, presidente dos EUA, falando de democracias trabalhando juntas para triunfar sobre as autocracias. Ele proclamou que a iniciativa se focaria em combater a mudança climática e melhorar a saúde, igualdade de gênero e arquitetura digital.
"Uma declaração emitida após a cúpula mencionou 14 vezes a China, criticando-a por seus laços com a Rússia, seu histórico de direitos humanos e queixas sobre seu papel na economia global", escreveu o SCMP, acrescentando que os EUA e aliados falam da Rota da Seda como reforçando o posicionamento econômico e estratégico da China e que seus projetos são armadilhas de dívidas.
No entanto, o SCMP cita as estimativas do Banco Mundial, que vê benefícios de até US$ 1,6 trilhão (R$ 8,62 trilhões) na economia mundial até 2030, o que representaria 1,6% do PIB mundial, além de retirar 7,6 milhões de pessoas da extrema pobreza e mais 32 milhões da pobreza moderada no mesmo período. Xi Jinping, presidente da China, tem exortado os países ocidentais a participar do projeto "para o melhoramento do progresso humano".
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Na opinião do jornal, a Parceria para Infraestrutura e Investimento Globais (PGII, na sigla em inglês) do G7 está "forçando os governos a escolher entre o Ocidente e a China", quando "a estabilidade global, o desenvolvimento e a prosperidade estão nas nações que trabalham em conjunto, não competindo e desacoplando".
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