A Polícia Federal (PF) extraditou o mafioso Rocco Morabito para seu país natal onde foi condenado por crimes relacionados ao tráfico de drogas a 103 anos de prisão. Ele embarcou na terça-feira de Brasília, onde estava preso, em uma aeronave do governo italiano sob forte esquema de segurança.
O Supremo Tribunal Federal (STF) autorizou a extradição do criminoso para o país europeu, alegando que o mafioso deve cumprir lá a pena relativa a quatro condenações criminais por tráfico internacional de drogas e envolvimento com organização criminosa.
Sendo procurado pela Justiça italiana há 23 anos, o governo da Itália vai precisar cumprir algumas exigências da Justiça brasileira como condições à extradição do criminoso, como fazer a detração do tempo de prisão em território nacional e aplicar o período máximo de 30 anos de cumprimento de pena.
Preso em João Pessoa (PB) em maio de 2021, Morabito estava foragido desde 2019, quando fugiu de um presídio no Uruguai e, desde então, era um dos traficantes mais procurados pela Interpol.
Segundo o G1, existem suspeitas de que o mafioso esteja envolvido com o tráfico de entorpecentes desde 1990, no Brasil e na Europa. Em 2017, o criminoso chegou a ser preso no Uruguai, mas fugiu depois de dois anos encarcerado e estava foragido desde então.
Rocco foi preso pela PF em um hotel do bairro Tambaú, na capital paraibana, junto de outros dois estrangeiros, um italiano identificado como Vicenzo, que também estava na lista dos 30 mais procurados da Itália, e outro sem mandado de busca por qualquer autoridade policial.
Um dia após a prisão, ele deixou o estado e foi transferido para o Distrito Federal. A PF chegou a dizer que Morabito é integrante da Ndrangheta, uma associação mafiosa da Itália considerada uma das mais perigosas do mundo e envolvida em crimes de tráfico de drogas, de armas, de pessoas e também lavagem de dinheiro.