Anteriormente, Alikhanov anunciou ter entregado ao governo e à administração do presidente russo um projeto de medidas de resposta ao bloqueio que a Lituânia impôs ao enclave russo.
"Uma destas medidas é a proibição completa de importar à Rússia mercadorias do território dos Países Bálticos", disse ele em entrevista à Sputnik.
O governador explicou que não considera a medida um bloqueio porque os bens poderão entrar na Lituânia através do corredor de Suvalki, um território de 100 quilômetros na fronteira entre Polônia e Lituânia. Os vizinhos da região também poderão usar esse corredor.
"É possível passar, passem, por favor. Mas do ponto de vista econômico e de projetos logísticos, podemos dizer que o porto de Klaipeda [Lituânia] perderia sua atração econômica, caso medidas sejam adotadas", afirmou o governador.
Desde 18 de junho, Vilnius proibiu o trânsito de mercadorias sujeitas às sanções da União Europeia entre a província russa de Kaliningrado, enclave entre Lituânia e Polônia, e outras regiões da Rússia. Segundo os cálculos das autoridades do enclave, a medida afeta até 50% das cargas.
A chancelaria russa rotulou as ações lituanas como "agressivas e hostis" e convocou o embaixador da UE na Rússia, Markus Ederer. Por sua vez, o governo lituano ressaltou que apenas cumpre as sanções da União Europeia e que Vilnius não cederá ante Moscou na questão de trânsito de mercadorias para Kaliningrado.