Em uma resposta por escrito à Sputnik, o Ministério das Relações Exteriores brasileiro disse que "por não fazer parte do G7, o Brasil não acompanha suas deliberações internas".
O questionamento ocorre após os líderes dos países do G7 (Reino Unido, Alemanha , Itália, Canadá, EUA, França e Japão), em encontro nos dias 26 e 28 de junho, confirmarem sua intenção de reduzir a dependência energética da Rússia e concordarem provisoriamente em começar a limitar os preços para o óleo e gás russos.
De acordo com um comunicado após a cúpula, os líderes do G7 "saúdam a decisão da União Europeia de explorar com parceiros internacionais formas de conter os preços da energia, incluindo a viabilidade de impor uma restrição temporária aos preços de importação, quando necessário".
O vice-ministro das Relações Exteriores russo, Sergei Ryabkov, classificou os planos do Ocidente de impor um teto ao preço do petróleo da Federação da Rússia como "outro elemento da guerra psicológica".
Nesta quinta-feira (7), mais cedo, o presidente do Brasil, Jair Bolsonaro, afirmou que as tentativas dos Estados Unidos e da União Europeia de boicotar economicamente a Rússia não surtiram o efeito esperado.
Segundo ele, além de importante fornecedora de insumos para a agricultura brasileira, a Rússia é uma aliada do Brasil na defesa da soberania da Amazônia.
"As barreiras dos Estados Unidos e da Europa contra a Rússia não deram certo. A minha linha foi do equilíbrio. Mais do que negociar fertilizantes, [busquei] a segurança alimentar para o mundo e a soberania da nossa Amazônia", afirmou o presidente, conforme noticiou o jornal Valor Econômico.
A declaração ocorreu após o premiê do Reino Unido, Boris Johnson, anunciar sua renúncia ao cargo. Bolsonaro citou o fato, mas não entrou em detalhes. Porém, ressaltou que o Brasil está em melhor situação econômica que outras potências mundiais.