"No decorrer da operação militar especial, foram obtidos documentos que comprovam os planos da empresa Metabiota dos EUA e do Centro Técnico-Científico ucraniano para o estudo do vírus ebola na Ucrânia", disse Kirillov.
Segundo ele, a pesquisa foi planejada para ser realizada nas instalações do Instituto Mechnikov de combate à peste.
"Dado que a doença não é endêmica e, além disso, nunca foi registrada no território da Ucrânia, surge uma questão legítima sobre a necessidade de tal pesquisa e o verdadeiro propósito de sua realização", sublinhou o representante da entidade militar russa.
Kirillov apresentou um relatório do grupo internacional de especialistas "Consórcio sobre Febre Hemorrágica Viral" que participaram no combate contra o vírus ebola na Serra Leoa em 2015.
De acordo com o documento, os funcionários da Metabiota não cumpriam os procedimentos de manuseio ao lidar com pessoas doentes e ocultavam os fatos de envolvimento nos trabalhos de funcionários do Pentágono nos trabalhos, que usavam a empresa como cobertura.
O principal objetivo desta atividade era isolar variantes altamente virulentas do vírus de doentes e falecidos, bem como transportar as cepas para os EUA, disse o general russo.
Segundo o especialista, "a análise comparativa das atividades dos EUA durante a Guerra da Coreia e atualmente no território da Ucrânia mostra a continuidade da política americana de aumentar o seu próprio potencial biológico-militar contornando os acordos internacionais".
O tenente-general disse também que a análise de anticorpos de doenças infecciosas em prisioneiros de guerra ucranianos pode indicar sua participação no programa biológico dos EUA.
Em uma coletiva de imprensa nesta quinta-feira (7) o general apresentou dados sobre o estado de saúde dos soldados ucranianos que depuseram as armas durante a operação especial.
"Os resultados são os seguintes: 33% dos militares examinados estavam ou estão doentes com hepatite A, mais de 4% com febre hemorrágica com síndrome renal, 20% com febre do Nilo Ocidental. Estes números são significativamente acima da média estatística. Dado que estas doenças foram ativamente estudadas pelo Pentágono no âmbito dos projetos ucranianos, há razões para acreditar que membros das Forças Armadas ucranianas estavam envolvidos como voluntários em experimentos para avaliar a tolerância a doenças infecciosas perigosas", explicou Kirillov.
Por fim, ele disse ainda que uma série de projetos de testes de armas biológicas na Ucrânia foram realizados a pedido do Serviço Central de Saúde das Forças Armadas alemãs.