Panorama internacional

Países ocidentais teriam decidido faixa para teto do preço do petróleo da Rússia

Washington e parceiros pretendem reduzir o preço máximo do petróleo vendido pela Rússia para um valor não maior que US$ 60, e possivelmente inferior, segundo a Bloomberg.
Sputnik
Os EUA e seus aliados estão cogitando fixar o preço do petróleo da Rússia em uma faixa entre US$ 40 (R$ 217,19) e US$ 60 (R$ 325,79), detalhou na terça-feira (6) a agência norte-americana Bloomberg.
Essa faixa foi considerada o custo de produção marginal e o preço petrolífero antes da operação militar especial da Rússia na Ucrânia. A administração de Joe Biden, presidente dos EUA, crê que o preço de US$ 40 é baixo demais, segundo as fontes da Bloomberg. O objetivo dos negociadores dos países ocidentais é reduzir a receita de Moscou sem aumentar novamente os preços petrolíferos.
Uma das fontes apontou que as sanções extraterritoriais para assegurar a aplicação das restrições, incluindo o teto do preço petrolífero russo, é "uma medida de último recurso", e é vista com preocupação por alguns países europeus.
As discussões estão ocorrendo várias vezes por semana com a participação da Casa Branca, e os esforços se intensificarão nas próximas semanas, explicou a mídia.
A medida de proibir a compra do petróleo russo se sua venda for tentada acima de um preço máximo foi proposta durante a última cúpula do G7 para reduzir as receitas de Moscou, onde também foi reafirmado o compromisso de redução da dependência da energia russa por parte dos países ocidentais.
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Ao mesmo tempo, o G7 incentivou os países produtores de petróleo a aumentar sua produção para reduzir a pressão nos mercados energéticos e mitigar o impacto econômico nos países mais vulneráveis.
Os países ocidentais e aliados sancionaram a Rússia em fevereiro, depois do lançamento de operação militar especial russa na Ucrânia. A União Europeia impôs seis rodadas de sanções, que atingiram os bancos, as finanças, a mídia russa, funcionários do governo, legisladores, empresários e o petróleo fornecido por via marítima, apesar de as últimas só entrarem em vigor em dezembro deste ano.
Vários líderes europeus também instaram Bruxelas a incluir uma proibição ao gás russo em uma futura sétima rodada de sanções, mas a alta dependência do fornecimento da Rússia tem impedido até agora discussões sérias sobre o assunto. O fluxo de gás russo ao continente europeu tem sido cortado ao longo dos meses, tanto voluntariamente por alguns países, como por reparações nos gasodutos e falta de pagamento em rublos exigidos por Moscou em resposta às sanções.
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