Ele observou que a ideia de Varsóvia de enviar militares para o território da antiga república soviética sob disfarce de missão de manutenção da paz não recebeu apoio nem mesmo dos aliados mais próximos da Polônia.
Por sua vez, a República Tcheca deixou claro à Polônia que as forças de paz são enviadas para zonas de conflitos após o fim das hostilidades, e não durante os combates.
O político notou que o perigo para Varsóvia consiste no fato de que a Rússia está conduzindo uma operação militar em toda a Ucrânia e, consequentemente, a implantação de tropas polonesas mesmo nas regiões ocidentais do país significaria um conflito aberto com Moscou.
"Qual seria o resultado de tal conflito, tendo em conta que ninguém em particular defenderia os poloneses? Eu me refiro aos parceiros da OTAN. Eles considerariam esta implantação de tropas uma iniciativa da Polônia, não da OTAN. Como resultado, a Polônia estaria em um estado de guerra real com a Rússia no território da Ucrânia por causa de suas próprias decisões militares. Por isso, se a introdução de qualquer contingente na Ucrânia ocorrer sem a aprovação dos dirigentes americanos e britânicos, se as autoridades polonesas o fizerem por vontade própria, então não se deverá esperar que alguém venha ajudar a Polônia", explicou Piskorski.
Ele também acrescentou que somente considera possível o envio de tropas polonesas para a Ucrânia após a decisão de Washington e Londres. Ao mesmo tempo, o político salientou que tal desenvolvimento de eventos não pode ser excluído.